Segundo o Jornal de Notícias, cinco meses depois de chegar a Vila de Rei, uma das famílias brasileiras que para ali foram residir ao abrigo de um projecto de repovoamento, regressou ao Brasil. A situação surpreendeu a presidente da Câmara, Irene Barata, a quem o casal não deu, sequer, conta da sua intenção. Segundo a reportagem do matutino nortenho, os habitantes da vila que conviveram de perto com uma das famílias de brasileiros em « fuga» garantem que o regresso se deveu ao facto de eles se sentirem fraudados nas expectativas que lhes haviam sido criadas. Prometeram-lhes boas condições, mas eles queixavam-se de trabalhar muito e ganhar pouco. Não devem ter aguentado, considerou uma comerciante de Vila de Rei, assegurando que outras das quatro famílias brasileiras que ali chegaram se queixam do mesmo.
Irene Barata, presidente da Câmara, assegura que os imigrantes sabiam exactamente em que condições vinham. A autarca adianta que assinaram um contrato, onde estava claro que receberiam o ordenado mínimo. Vieram com contratos para trabalhar na restauração podendo, se encontrassem melhores condições, mudar de ramo. O que acabou por acontecer. A edil contou ainda que a Câmara assegurou um alojamento gratuito, do qual poderiam usufruir o tempo que fosse preciso, evitando, assim, pagar renda.
Uma brasileira afirmou ao JN que a casa era comunitária, viviam ali todos juntos, na primeira oportunidade, cada um procurou o seu espaço. Isto, porque a maioria dos brasileiros já se mudaram da freguesia de S. João do Peso e mudaram-se para a sede do concelho.
Outro dos casais brasileiros, deixou a casa que tinha alugado em Vila de Rei e mudou-se para o concelho vizinho da Sertã, onde a mulher exerce aquela que era, já, a sua profissão no Brasil, a de cabeleireira. De acordo com alguns dos vizinhos, com a deslocação, os dois procuraram melhorar as condições que tinha .
Os habitantes do centro de Vila de Rei não consideram anormal esta movimentação dos brasileiros, nem as suas queixas, considerando que lhes foram criadas falsas expectativas . Quando, do alarido feito pela comunicação social das vantagens da vinda deste imigrantes brasileiros, em Maio último, no blogue « Estado Novo” podíamos ler o seguinte:
“Só gostaria de saber quantos destes brasileiros daqui a uns anos (provavelmente meses…) ainda estão em Vila de Rei. Quantos é que se “piraram”, já com a legalização nas mãos, para as zonas metropolitanas ou, e ainda, para países da União Europeia.
Será que os canais televisivos vão fazer uma reportagem sobre isso?!
Duvido… Claro que era mais do que evidente esta situação. Uma coisa é a manipulação política e outra é a realidade.
Inês Filipa de Sousa Silva
10ºD
quinta-feira, 14 de janeiro de 2010
segunda-feira, 11 de janeiro de 2010
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