quinta-feira, 3 de junho de 2010

Ministro desafia agricultores alentejanos a converterem-se ao regadio e “tirarem partido” de Alqueva


O ministro da Agricultura desafiou ontem os agricultores alentejanos a converterem-se à agricultura de regadio e “tirarem partido” do empreendimento de Alqueva, que “não pode ser desperdiçado” e constitui uma “oportunidade única” para o Alentejo.

“O grande desafio que lanço aos agricultores é que não tenham receio” de se “converterem ao regadio e tirarem partido do empreendimento de Alqueva, que está a andar muito bem, estará concluído até final de 2013 e não pode ser desperdiçado”, disse António Serrano.

O empreendimento de Alqueva, sublinhou, “é uma oportunidade única para desenvolvermos o Alentejo e aumentarmos e diversificarmos a produção agrícola” da região e que os empresários agrícolas “não podem desperdiçar”.

António Serrano falava aos jornalistas durante uma visita ao concelho de Ferreira do Alentejo, onde reuniu com a direcção da Associação de Beneficiários da Obra de Rega de Odivelas e visitou duas herdades agrícolas, uma de olival e outra de produção de uva.

Trata-se da Herdade do Marmelo, a maior do Grupo Sovena, detido pelo Grupo Nutrinveste, “o segundo maior operador de azeite do mundo”, e da Herdade Vale da Rosa, “a maior productora de uva de mesa em Portugal”, do empresário António Silvestre.

A Herdade Vale da Rosa, com 160 hectares de vinha e onde António Silvestre já investiu 12 milhões de euros, prevê produzir este ano 4500 toneladas de várias variedades de uva de mesa, que serão comercializadas em Portugal e exportadas para Inglaterra, França e Bélgica.

Trata-se de dois projectos “com grande dinâmica” e “fundamentais para a redução das importações e o aumento das exportações” de Portugal, frisou António Serrano, defendendo que a atual crise “combate-se com gente que empreende e faz”.

“A única forma de ultrapassarmos as dificuldades e garantirmos a rentabilização do empreendimento de Alqueva é se trabalharmos bem e juntos”, disse o ministro.

Neste sentido, defendeu, os agricultores que se dedicam à agricultura de sequeiro “têm que conviver e apreender” com os que “já fazem regadio há mais tempo, têm provas dadas e mostram que é possível produzir mais e com maior qualidade”.

Fonte: Lusa/Tudoben

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